Postado em sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Parceria proporciona academia para portadores do HIV


 

Sander Simaglio, do MGA, coordena o projeto

Alessandro Emergente

Uma parceria entre a Ong MGA (Movimento Gay de Alfenas) e o Governo de Minas está propiciando trabalhos de prevenção e tratamento de lipodistrofia em portadores do HIV da região. Na próxima quarta-feira será lançado oficialmente a Academia MGA Fitness que pretende atender 70 pessoas gratuitamente. O projeto é pioneiro no interior do Estado. 

A lipodistrofia (redução de gorduras em determinadas partes do corpo e acúmulo em outras) é comum em portadores do HIV e é causada devido aos efeitos colaterais de remédios anti-retrovirais, usados pelas pessoas com Soro Positivo. O problema afeta a aparência do indivíduo causando baixa estima.

A Academia MGA Fitness é fruto de um convênio firmado entre a MGA e a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG). O projeto foi aprovado em agosto e a liberação da primeira parcela dos recursos para aquisição dos equipamentos em novembro, quando projeto foi iniciado.

Três profissionais (1 fisioterapeuta, 1 nutricionista e 1 educador físico) foram contratados para que as atividades fossem iniciadas. De acordo com o coordenador do projeto, Sander Simaglio, atualmente 15 pessoas são atendidas, mas a intenção é atingir até 70 portadores, independente da orientação sexual.

A academia está instalada em um prédio localizado na avenida Linconl Westin da Silveira (nº 1.046-A). Sander explica que o projeto aprovado não prevê verba para locação de um imóvel e, por isso, os profissionais contratados cederam parte de suas remunerações para reservar recurso para locação.

Na próxima quarta-feira, o projeto será lançado oficialmente a partir das 9h30, na própria academia, e contará com a participação da coordenadora estadual de DST/Aids, Raquel Baccarini. “Precisamos ampliar as parcerias”, diz Sander ao lembrar a necessidade de profissionais da saúde voluntários.

O coordenador do projeto explica que o recurso é proveniente do Ministério da Saúde, que reserva parte da verba, destinada a prevenção e assistência, para projetos desenvolvidos pelo Terceiro Setor. A SES/MG aprovou a liberação de R$ 75 mil para o projeto durante um ano. Parte deste valor, cerca de R$ 35 mil, foram para aquisição dos equipamentos, que possuem o selo do patrimônio público - ou seja, não pode ser incorporado ao patrimônio particular.

O presidente da MGA, Marcelo Pereira Dias, diz que o projeto já havia sido enviado a SES/MG em anos anteriores e, em 2007, conseguiu a aprovação. A Ong foi fundada em março de 2000.



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